O Arquiteto da ponte e a Lei de Incentivo a Cultura.

O Arquiteto da ponte e a Lei de Incentivo a Cultura.

Escrito em 02 de junho de 2014

Reza a história que um arquiteto ficou encarregado de construir uma ponte para atravessar um rio de forte correnteza e profundo, sendo que de uma margem a outra tinha uns 150 metros.

Toda a equipe de trabalho estava de prontidão, com os projetos da ponte, mas era necessário atravessarem cabos de aço de grossos calibres, por onde iria correr toda a estrutura da ponte e na época desta história não havia helicópteros e nem balões disponível para atravessar os cabos. E os barcos não conseguiam atravessar o cabo pelo seu peso e pela correnteza.

O arquiteto pensou e pensou e encontrou a solução. Pediu para uma equipe ir para o outro lado da margem e aguardassem o sinal. Ele fez uma pipa e com uma linha fina começou a empinar. Todos que estavam nas margens que ele estava não estava entendendo nada.

Do outro lado da margem, a equipe que estava lá tinha instruções para assim que a pipa atravessasse o rio que tratassem de laçá-la, e fosse puxando a linha conforme o sinal do arquiteto.

O Arquiteto por sua vez, amarrou na ponta da linha fina, um barbante e os funcionários foram puxando a linha até que começou a puxar o barbante. O Arquiteto amarrou na ponta do barbante, uma cordinha e depois uma corda, e um cabinho de aço e um cabo um pouco maior e o pessoal do outro lado, sempre puxando até que eles conseguiram passar com o cabo grosso sem problemas, apoiados no cabo de aço fino que estava esticado de uma margem a outra. Depois de tudo isto foi fácil fazer a ponte.

Conto esta história neste momento, por que na segunda feira, dia 02 de junho de 2014 em nossa cidade saiu a proposta da Lei de Incentivo a Cultura feita pelo Executivo e encaminhado para o Legislativo para a aprovação. Nem bem chegou na Câmara e tinha muita gente já reclamando a falta de participação popular.

Eu também queria que nós cidadãos tivéssemos participação ativa numa importante Lei como esta, mas neste momento sinto que temos que fazer como o Arquiteto: Vamos conquistar a primeira linha para ir aos poucos puxando outras até atingir os nossos objetivos. Brigar nesta altura é um retrocesso. A lei já foi encaminhada.

Temos é que fazer uma campanha para que a Câmara aprove o mais rápido possível, caso contrário vai ficar só na promessa.

Paulo Pinhal

Mogi das Cruzes. Reconhece ?

Mogi das Cruzes. Reconhece ?

Sempre fui um colecionador iconográfico, principalmente da minha história. Quando entrei nas redes sociais descobri um universo de possibilidades e com uma fan page do Colégio de Arquitetos, por meio das imagens rapidamente cheguei a 150.000 amigos. Hoje somando todos os perfis tenho aproximadamente 200.000 amigos.

As imagens postadas no CDA eram de arquitetura, de lugares e também de gente. Tenho um Post que tem mais de 16.000 compartilhamentos e mais de 1000 comentários e um sem números de curtir e eu aprendi um pouco de redes sociais.

Já no meu perfil fazia brincadeiras com uma cidade fictícia chamada Taia, onde lá tudo acontecia de engraçado até que postei uma foto antiga de Mogi das Cruzes do meu arquivo e vi a quantidade de comentários saudosistas que me tocou.

Comecei a postar fotos da cidade e a cada uma dela, a quantidade de comentários e conhecimento sobre a cidade que eu não conhecia ou mesmo tinha me esquecido. A partir daí decidi que tinha que abrir o meu arquivo para conhecer mais sobre as imagens que tinha.

Mogi das Cruzes, reconhece ?.

É uma pergunta para que possamos aprender um pouco mais sobre a imagem postada e para que em um futuro breve alguém compile as histórias contadas.

Desde 2011 venho postando e entre os desdobramentos de cada imagem descobri também que este saudosismo de uma cidade que não volta também é uma vacina contra a perda de identidade. A cidade cresceu e esta se modificando e as nossas referencias estão cada dia diminuindo. Postando imagens do passado, é como uma volta no tempo.

As melhores histórias são quando eu posto a Igreja do Rosário que uma multidão lembra da campanha “ Dei ouro para o bem do Brasil” e também o crime da igreja que aparece em muitas fotos antiga ser demolida e transformada em um prédio comercial. A outra imagem que sempre faz sucesso de comentários e compartilhamento é as fotos da escola Washigton Luiz, onde até encontro acontecem em decorrência das imagens que rodam pelas redes sociais. O mesmo aconteceu com a turma da OMEC que também já fizeram confraternização.

Sempre sou cobrado por não identificar as fotos, mas descobri uma riqueza em não comentar nada e deixar que os amigos do face descubram por sua conta, por isto gera histórias fantásticas que estavam adormecidas e esquecidas. Já disse em reunião da Secretaria da Cultura que as fotos que são do acervo histórico eu só vou identificar quando a Secretaria tiver um site com todas as fotos do acervo. Até lá nada de identificação.

Já fui convidado para participar de vários livros, que no momento não estou muito preocupado, pois existe um plano maior que é o Museu da Memória. E por falar em Museu, o nosso Museu de Artes nasceu de uma foto que postei em 2011 e agora estamos aguardando as reformas para a exposição no prédio da Vivo.

Eu tinha umas 20.000 fotos e a partir do momento em que resolvi abrir o meu acervo para o mundo virtual, acabei ganhando mais umas 10.000 fotos, pois sempre recebo álbuns e fotos de amigos que querem que eu publique, pois sempre dá comentários e compartilhamentos.

No meu perfil pessoal vejo como Hobby, embora sempre faço uma reflexão sobre o que vou postar e o que vou escrever.

Meu desejo é que as pessoas viagem no tempo e que só lembrem de coisas boas. Recordar é viver.

Paulo Pinhal.

Amigos para sempre

Amigos para sempre

Paulo Pinhal

A teoria do Caos mostra que o efeito borboleta é fato. Conta a história que por falta de um cravo, (prego), deixou de ferrar um cavalo; Por falta de um cavalo ficou sem um cavaleiro; Por falta de um cavaleiro perdeu-se uma batalha; Por uma batalha perdeu-se uma guerra e por fim por causa de uma guerra perdeu-se a nação. O resultado é que por causa de um simples cravo perdeu-se uma nação.

Dentro desta teoria é que temos a história de Felipe, que conheceu Marcos, casualmente em um jogo de futebol, onde o jogador principal Rodrigo por pegar uma forte gripe acabou de última hora convidando Marcos, o filho da sua lavadeira que gostava de jogar bola. Naquele dia, Felipe e Marcos fizeram uma dobradinha importante para a vitória do time.

Felipe, filho de um médico importante na cidade e o Marcos que vinha de uma família humilde e honesta, seu pai era pedreiro e sua mãe lavava roupas para fora reforçando o orçamento do lar. Os dois rapazes, apesar de serem de classes sociais diferentes, consolidaram uma amizade forte entre si, e se o Rodrigo não tivesse contraído aquela gripe, talvez nunca eles tivessem se conhecidos e não teria seqüência esta história.

Felipe e Marcos tinham a mesma idade de 18 anos e estavam naquele momento em que deveriam tomar decisão para qual profissão que exerceriam no futuro.

Felipe não tinha certeza se faria Engenharia Civil ou Arquitetura e Marcos, por sua vez pensava em algum curso do SENAI para que pudesse ser capacitado para o trabalho na indústria, uma vez que o Curso Superior estava distante dos recursos da família.

Felipe ficou sabendo que haveria um ciclo de palestras sobre profissões em São Paulo e no caminho encontrou com o Marcos que o convidou para que fizesse companhia para ele, e Marcos aceitou.

Entre as palestras, a que mais encantou os dois foi a de arquitetura. Parecia que era isto que eles estavam procurando e que tinham em comum, e como todos os jovens, já saíram fazendo mil planos futuros.

No retorno das palestras, Felipe que estava dirigindo seu automóvel perde a direção e acaba colidindo com um poste. Marcos, apesar do susto conseguiu sair do carro e pedir socorro para o amigo.

Felipe acabou quebrando a bacia, o que obrigou a ficar em cadeira de rodas para sua recuperação. Marcos pela amizade e solidariedade passou a visitar todos os dias o amigo ajudando no que fosse preciso. Foi um momento de muita dificuldade para o Felipe, que naquele ano desistiu dos estudos e focou em seu restabelecimento. A presença de Marcos diariamente consolidou mais a amizade.

Felipe, recuperado tratou no ano seguinte de tentar entrar na FAUUSP-Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo que é um Curso Público de Arquitetura de elevada qualidade, mas com certo grau de dificuldade para entrar. Felipe  como teve a oportunidade de estudar no segundo grau em escolas de renomes, não teve dificuldade de ingressar no Curso. Já o Marcos que estudou em escola pública e que não tinha um bom aproveitamento por conta do futebol, não conseguiu entrar nas escolas públicas e nem obter bolsas ou financiamentos para escolas particulares.

Felipe, reconhecendo as dificuldades do Marcos, propõe financiar o seu curso em uma escola privada, uma vez que ele estava estudando de graça em escola pública. Para não ferir os sentimentos do Marcos se mostrando superior, ele combinou que assim que eles formassem iriam montar um escritório juntos, e daí o Marcos pagaria o que o amigo estava emprestando. E assim foi feito.

O contato entre eles foi aos poucos ficando raro por conta de estudarem em escolas geograficamente distantes e o Marcos conseguiu um estagio em um grande escritório de arquitetura, onde fez com que ele tivesse um progresso grande na profissão. Já o Felipe gostava de viajar e não estava preocupado com estágios, ele queria é curtir o curso e aproveitar as festas. Independente desta separação física, Felipe continuava honrando com o combinado de pagar o curso para o Marcos.

Depois de cindo anos vem a formatura dos dois e Felipe resolve fazer uma viagem para a Inglaterra e ficar por lá uns tempos. Já o Marcos consegue montar um escritório e ter uma equipe de mão de obra, onde começa a desenvolver projetos de todos os tipos. O seu escritório de arquitetura acaba virando uma pequena construtora.

Como este mundo da viravoltas, o pai de Felipe vem a falecer e descobrem que a família estava endividada e que ele deveria voltar para o Brasil. A situação financeira da família do Felipe entrou em declínio, fazendo com que sua mãe vendesse parte do patrimônio.

Marcos, que já estava com uma situação financeira consolidada, quando ficou sabendo da história, chamou o amigo para ser o seu sócio e também queria devolver o dinheiro emprestado na época da faculdade. Felipe ficou feliz com a atitude do amigo, aceitou a sociedade e dispensou o pagamento que fizera durante os anos que estudou por entender que não era dele, pois afinal ele que tinha condições de pagar estudos e estudou em uma escola gratuita do governo.

A construtora progrediu e Marcos e Felipe decidiram sempre ajudar alguém que tem dificuldades para estudar, ofertando bolsas de estudos para pessoas carentes.

A lição que os dois aprenderam é que devemos investir no conhecimento e na educação, pois ela é a semente do nosso futuro.

Dona Ana e o Divino 2015

Festa do Divino de 2015

Este ano minha proposta com a Festa do Divino é fotografar a “Fé”.

Fé é uma palavra que significa “confiança”, “crença”, “credibilidade”. A fé é um sentimento de total de crença.

Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de algo vai mudar de forma positiva, para melhor.

Fui às Alvoradas que para mim é a representação máxima da fé, pois acordar as 4h00 da manhã com frio e acompanhar todo o cortejo só com muita vontade mesmo.

Retratar a fé na Alvorada do Divino se torna um desafio, pois ela esta presente em todos os lugares e as manifestações são particulares.

Um exemplo é Dona Ana, com 80 anos, que não perde uma Alvorada e que na noite de Domingo em frente ao Mogi Dor, tropeçou nas irregularidades das calçadas e caiu, batendo o peito e a cabeça.

Toda dolorida, acordou as 4h00 e acompanhou todo o cortejo da Catedral Santana até o Cemitério São Salvador. Assistiu a missa e retornou para a Catedral. Ela só sentiu dores quando estava parada na fila para o café.

E na conversa com ela aprendi uma coisa:

– Quando a gente cai, levamos o tempo de anos que temos em dias para a recuperação. Exemplo: Eu tenho 80 anos, vou levar 80 dias para se recuperar.

Parei, pensei e cheguei a conclusão que ela estava certa.

Obrigado Dona Ana, por mais um aprendizado e torço pela sua recuperação.

Paulo Pinhal.

Barão do Rio Branco

Barão do Rio Branco

No dia 10 de fevereiro de 1912 morria, no Rio de Janeiro, o Barão do Rio Branco, professor, político, jornalista, diplomata, historiador e biógrafo. Sua morte aconteceu aos 66 anos por conta de problemas renais. Nascido no dia 20 de abril de 1845, no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Junior era filho do Visconde do Rio Branco, responsável pela lei abolicionista do ventre livre, em 1871.

O Barão do Rio Branco. Era pessoa totalmente desorganizada com papeis, mas com uma organização de pensamentos fantástica.

Em seu gabinete, no Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro em suas mesas empilhadas de papeis, após a sua morte, descobriram 3 relógios que ele tirava e depois esquecia onde tinha colocado.

O que acho engraçado é que quando ele morreu no dia 10 de fevereiro era carnaval e o presidente Hermes da Fonseca declarou luto oficial e cancelou o carnaval  definindo uma nova data para a festa popular.

Como na época o governo não ajudava em nada com o Carnaval. O povo acabou fazendo a festa em duas épocas diferentes graças ao Barão.

Festa é festa.

Autoridade e Drummond

Estava indo a Remalar que fica na Rua Cabo Diogo Oliver em Mogi das Cruzes para comprar uma peça para torneira. Já na praça Oswaldo Cruz,  quando fui atravessar a Rua Ricardo Vilela, escuto a sirene de uma Ambulância e atrás um carro da Policia escrito “Escolta”, acredito que estavam levando mais um detento para o CDP – Centro de Detenção Provisória que tem na periferia da cidade.  A comitiva passou à toda não respeitando pedestres e  nem o sinal vermelho.

Continuo o meu caminhar até que vejo que a passagem de nível esta fechada e a ambulância e a escolta estão paradas esperando o trem passar.

Que situação no mínimo interessante. Uma hora um show de som e desrespeito com a sinalização do transito e logo em seguida parado.

Vendo a cena, me lembrei de um poema do Carlos Drummond de Andrade :

Stop
a vida parou
ou foi o automóvel ?

Vivi hoje o poema. Incrível.

Paulo Pinhal.

O Sarau do CECAP

O Sarau do CECAP

Sexta feira, 30 de maio de 2014. Noite de frio, com muitos frequentadores do nosso Sarau escalados para a Festa do Divino que se inicia. Quer seja tocando, cantando ou mesmo como voluntários.

Na cidade muitas outras atividades como a Festa de Santo Antonio, bailes etc..

O nosso Sarau tinha tudo para ter pouco público. Mas o que aconteceu é que as pessoas foram chegando, começando a cantar, contado histórias, o coral da SECCO mostrando todo o seu talento com pessoas maravilhosas e ai quando você vê, tem mais de 60 pessoas. Gente entrando e saindo e uma energia fantástica para um espaço pequeno.

Como conseguimos isto ?… Cultura… Cultura… e mais Cultura.

Quem frequenta e conhece Saraus, vai a todos os Sarais que tiver.

Podemos chamar isto de “Criar um Público”.

Nos últimos 5 anos de Sarau, nunca tivemos ajuda financeira e com todo o acesso que tenho as redes sociais e a força que a mídia de Mogi nos dá, grande parte das pessoas que freqüentam o nosso Sarau não lêem jornais e não tem acesso a internet, no entanto toda a última sexta feira do mês comparecem.

Isto é uma Política Cultural que os nossos administradores não entendem.

Os nossos administradores precisam aprender um pouco mais com as experiências dos nossos produtores culturais regionais, principalmente os que sobrevivem sem ajuda financeira da Prefeitura, Estado e União, pois só assim farão uso das verbas publicas com mais sabedoria e com melhores retorno para a sociedade.

Paulo Pinhal

Zé Benedito

Meu amigo dito e bem dito
É o dentista Zé Benedito.
Também conhecido como 
Doutor Benê, o qual vocês. 
Vão vê.

Para quem não o conhece
Então vou te apresentar
É de origem humilde
E humilde que é, até no jeito de falar
Mas com muito esforço e dedicação
Ele consegui se formar.

Não é qualquer Zé, isso posso afirmar
Domina o português, a gramática,
Ponto e vírgula sabe colocar,
Mas a sua especialidade mesmo;
É arrumar o maxilar.

Não faz apologia 
a qualquer forma de preconceito, 
Negros, deficientes, velhos, sabe lidar
todos trata com respeito
Até porque, diz:
Velhos todos vamos ficar.

Na Entrada dos Palmitos
É um corre corre pra lá e pra cá
Ajudando a organizar 
Os carros e as escolas a desfilar

É um amigo de longa data
Que mostra em seu coração
Sua fé e dedicação
Ao Divino Espirito Santo.

Do amigo Paulo Pinhal

Sarau do CECAP – 11 anos

Sarau do CECAP

A gente marca as 19h00, mas desde as 18h30 já vai chegando os violeiros, os sanfoneiros, os sambistas, os seresteiros e os poetas.

As pessoas vão se acomodando enquanto a viola toca músicas de raiz. A Dona Maria Ignez Zamunerno comando e atenta a tudo e a todos com seu caderninho vai agendando a ordem das apresentações.

As pessoas vão chegando, gente simples e sofisticada compartilhando o mesmo espaço sem frescura. É a hora do Sarau.

Muitas músicas saudosistas alegres e tristes estampam nas faces das pessoas emoções e reflexões. Vez ou outra observamos lagrimas rolarem por alguma lembrança trazida por conta da música, da história ou da poesia.

Muitos já se apresentaram e riram das histórias e piadas dentro do pequeno espaço aconchegado do CECAP, e é um tal de entra e sai a noite toda do Sarau.

Vem chegando ao fim é hora de cantar “Sozinho” e “ Nossa Senhora” quer seja com o violão ou acordeom acompanhado do coro dos participantes.

Vem descendo a mesa repleta de doces e salgados que os próprios convidados trouxeram para compartilhar e finalmente todos se levantam e pelos cantos do CECAP vão acontecendo alguns acordes e conversas que aos poucos se encerram. Acabou o Sarau do mês.

Este é um resumo do resumo do que acontece dentro do Sarau do CECAP, onde já fomos surpreendidos com peças de teatro, músicas eruditas, conjunto de rock, pintores, escritores e tantas outras manifestações as quais não temos qualquer controle.

Nesta sexta feira, dia 29 de março, teremos mais um Sarau que tem 11 anos e que por lá passaram muitas pessoas com talentos. 

Convidamos a todos os amigos a experimentar esta aventura cultural.
Horário as 19h00
LOCAL; CECAP – Centro Cultural Antonio do Pinhal
Rua Boa Vista, 108, centro, Mogi das Cruzes, São Paulo.

Parque Urbano do Mogi Moderno

Transformar uma reserva ecológica que existe no Mogi Moderno em um parque urbano. Esta é a proposta que o arquiteto Paulo Pinhal pretende apresentar à Prefeitura de Mogi para garantir a preservação da área ambiental naquela região. O local indicado fica entre os bairros Vila Rei e o Conjunto Bertioguinha, onde há mata, nascentes e grande quantidade de pássaros e animais silvestres.

O arquiteto explica que já lançou essa ideia nas redes sociais e teve boa aceitação entre os internautas, o que o estimulou a levar o plano adiante. “Com um pré-estudo arquitetônico elaborado, vamos apresentar aos nossos administradores e à sociedade, visando ter o apoio para que este parque venha a ser uma realidade”, esclarece.

Ele conta que falou sobre o projeto ao prefeito Marcus Melo (PSDB), que acenou positivamente à proposta. Também conversou com técnicos da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. O próprio titular da Pasta, o secretário Daniel disse ontem a O Diário que, apesar de não conhecer os detalhes, está disposto a se reunir com Pinhal para tratar do assunto.

O plano prevê a instalação do parque em área de 30 mil m², mas pode chegar a 60 mil m², se considerar outro espaço que existe do outro lado da rua, onde poderia ser implementado um projeto urbanístico, com equipamentos públicos de fins culturais para atrair a comunidade. Pinhal entende ainda que o ideal seria a criação de um projeto sustentável, por meio da parceria com a iniciativa privada, para evitar custos ao Município. Para isso, sugere a instalação de estabelecimentos privados com a finalidade de explorar e manter um espaço integrado e diversificado em suas funções. Além de praça de alimentação, ele acredita que o local poderia oferecer atividades ecológicas, educação ambiental, atividades de arvorismos, entre outras.

“A nossa Cidade vem praticando na última década, em nome do “progresso”, um uso do nosso solo de maneira totalmente errada. A Cidade se rendeu à exploração imobiliária em todos os níveis. É bom a Cidade crescer, mas com respeito à qualidade de vida e isto não vem ocorrendo em Mogi. A proposta de criar um parque urbano tem o objetivo de preservar o restinho de mata que existe e proporcionar que seja feito um manejo dessa reserva, aproveitando as compensações de árvores existentes na Cidade, plantando espécies nativas”, comenta.

Na opinião do arquiteto, essa é a hora ideal para tratar do assunto, já que a Prefeitura está discutindo as propostas para elaboração do Plano Diretor do Município, que vai definir as propostas, prioridades e planejar Mogi para o futuro. “Esse é o momento de refletir qual é a Cidade que queremos para os próximos anos. Aproveitamos a oportunidade e apresentamos a proposta de preservar a área existente no Mogi Moderno, que é um pulmão de oxigênio para a região”, reforça.

Silvia Chimello

O Diário de Mogi – 31 de janeiro de 2018