O Sarau do CECAP

O Sarau do CECAP

Sexta feira, 30 de maio de 2014. Noite de frio, com muitos frequentadores do nosso Sarau escalados para a Festa do Divino que se inicia. Quer seja tocando, cantando ou mesmo como voluntários.

Na cidade muitas outras atividades como a Festa de Santo Antonio, bailes etc..

O nosso Sarau tinha tudo para ter pouco público. Mas o que aconteceu é que as pessoas foram chegando, começando a cantar, contado histórias, o coral da SECCO mostrando todo o seu talento com pessoas maravilhosas e ai quando você vê, tem mais de 60 pessoas. Gente entrando e saindo e uma energia fantástica para um espaço pequeno.

Como conseguimos isto ?… Cultura… Cultura… e mais Cultura.

Quem frequenta e conhece Saraus, vai a todos os Sarais que tiver.

Podemos chamar isto de “Criar um Público”.

Nos últimos 5 anos de Sarau, nunca tivemos ajuda financeira e com todo o acesso que tenho as redes sociais e a força que a mídia de Mogi nos dá, grande parte das pessoas que freqüentam o nosso Sarau não lêem jornais e não tem acesso a internet, no entanto toda a última sexta feira do mês comparecem.

Isto é uma Política Cultural que os nossos administradores não entendem.

Os nossos administradores precisam aprender um pouco mais com as experiências dos nossos produtores culturais regionais, principalmente os que sobrevivem sem ajuda financeira da Prefeitura, Estado e União, pois só assim farão uso das verbas publicas com mais sabedoria e com melhores retorno para a sociedade.

Paulo Pinhal.

Mogi e a arte da motocicleta

Mogi e a arte da motocicleta

Escrito em janeiro de 2014.

Há alguns anos atrás, quando fazia um Curso de Arquitetura Contemporânea com o falecido Professor e Arquiteto Célio Pimenta, tive a oportunidade de debater sobre o conteúdo do livro “ Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas” de Robert M. Pirsig.

O livro trata de narrativa de uma viagem de moto feita por um homem e seu filho durante as férias de verão e transforma-se numa odisséia pessoal e filosófica e que procura tratar de questões do modo de viver.

A relação que faço deste livro com o momento que estamos vivendo aqui na cidade com a história do Museu de Artes de Mogi das Cruzes é o seguinte, pois em determinado capitulo o protagonista diz que em sua jornada ele avista uma igreja e quando chega perto ele vê que o edifício da “igreja” foi transformado em um “Bar”.

No livro ele faz uma apologia às universidades e seus espaços, onde ele questiona que para ter fé não é necessário estar em uma igreja. Não é o prédio que nos tornam mais católico e sim o que sentimos em nosso interior.

Em Mogi das Cruzes não é o prédio da Vivo que vai fazer com que a cidade tenha mais artistas de talentos ou uma melhor exposição. E sim uma política cultural.

Não precisamos de autorização de Anatel para fazer uma exposição de artes e sim vontade de acontecer.

Paulo Pinhal