Pichação é Arte ?
A reportagem do jornalista Lucas Meloni do O Diário de Mogi, no último dia 05 de abril de 2017, mostra a existência de Pichações por toda a cidade de Mogi das Cruzes. Não somos privilegiados, pois todas as cidades da Região Metropolitana estão contaminadas com esta “Arte Proibida”.
A pichação é Arte!. Pode não ser de agrado de todos, mas dentro do contexto contemporâneo, já são consideradas Artes. Tanto que em 2012, Pichadores Paulistas foram convidados a pichar dentro da Bienal de Berlim. Existia um espaço destinado às pichações, mas os Pichadores decidiram transgredir esta norma e escalaram as paredes internas do edifício que era uma igreja, deixando também ali suas mensagens, para desespero do curador da Bienal, que acabou recebendo um banho de tinta. A polícia foi acionada pela segurança, mas o próprio público interveio em favor dos brasileiros.
A reportagem é oportuna, pois a sociedade deve abrir um debate sobre este tipo de “Arte marginal” que serve tanto para que bandidos se comuniquem, bem como pessoas viciadas em “adrenalina” exponha a sua marca ou o seu pensamento para a cidade.
Existiu na cidade um trabalho desenvolvido pela Denise Anderi, que trabalhava o artista pichador para que ele se convertesse em grafiteiro, pois como vemos nas pichações, muitas vezes os rabiscos não tem nenhum sentido, a não ser a própria transgressão. Mas com mudança de gestão e politica cultural, este projeto que começava a colher frutos foi encerrado.
Quem quiser entender um pouco mais deste universo de Pichação, deve assistir o filme “O Pixo“ do Diretor Roberto T. Oliveira, que é um documentário onde mostra até advogado fazendo parte da tribo de pichadores.
Sou totalmente contra a pichação, pois tenho propriedades que foram pichadas e sei bem o que é amargar prejuízos com reparos e pintura, no entanto, é preciso trazer este assunto para a tona da sociedade, para que juntos possamos entender e encontrar soluções para que toda esta energia possa ser transferida para alguma coisa útil à sociedade.
Paulo Pinhal.