Mogi e a arte da motocicleta
Escrito em janeiro de 2014.
Há alguns anos atrás, quando fazia um Curso de Arquitetura Contemporânea com o falecido Professor e Arquiteto Célio Pimenta, tive a oportunidade de debater sobre o conteúdo do livro “ Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas” de Robert M. Pirsig.
O livro trata de narrativa de uma viagem de moto feita por um homem e seu filho durante as férias de verão e transforma-se numa odisséia pessoal e filosófica e que procura tratar de questões do modo de viver.
A relação que faço deste livro com o momento que estamos vivendo aqui na cidade com a história do Museu de Artes de Mogi das Cruzes é o seguinte, pois em determinado capitulo o protagonista diz que em sua jornada ele avista uma igreja e quando chega perto ele vê que o edifício da “igreja” foi transformado em um “Bar”.
No livro ele faz uma apologia às universidades e seus espaços, onde ele questiona que para ter fé não é necessário estar em uma igreja. Não é o prédio que nos tornam mais católico e sim o que sentimos em nosso interior.
Em Mogi das Cruzes não é o prédio da Vivo que vai fazer com que a cidade tenha mais artistas de talentos ou uma melhor exposição. E sim uma política cultural.
Não precisamos de autorização de Anatel para fazer uma exposição de artes e sim vontade de acontecer.
Paulo Pinhal